GAME REFORMA ORTOGRÁFICA FMU
A FMU, em parceria com a Retoque Comunicação e o LivroClip, apresenta o Game da Reforma Ortográfica, uma maneira interativa e divertida de aprender mais sobre as novas regras da língua portuguesa.
Clique no link abaixo, confira o game e aproveite para conhecer mais sobre as alterações da reforma ortográfica.
http://fmu.br/game/home.asp
O segredo do sucesso é saber algo que ninguém mais sabe.
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Reforma Ortográfica - Parte II
Entenda o que muda com o Acordo Ortográfico – Alfabeto
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido, na maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), w (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, Willian, kaiser, Kafka, kafkiano.
Fonte: Michaelis – Guia Prático da Reforma Ortográfica
Douglas Tufano
Editora Melhoramento
Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era
|
Como fica
|
agüentar
|
aguentar
|
argüir
|
arguir
|
bilíngüe
|
bilíngue
|
cinqüenta
|
cinquenta
|
delinqüente
|
delinquente
|
eloqüente
|
eloquente
|
ensangüentado
|
ensanguentado
|
eqüestre
|
equestre
|
freqüente
|
frequente
|
lingüeta
|
lingueta
|
lingüiça
|
linguiça
|
qüinqüênio
|
quinquênio
|
sagüi
|
sagui
|
seqüência
|
sequência
|
seqüestro
|
sequestro
|
tranqüilo
|
tranquilo
|
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, Mülleriano.
Fonte: Michaelis – Guia Prático da Reforma Ortográfica
Douglas Tufano
Editora Melhoramento
Acentuação
Mudanças nas regras de acentuação
→ Não se usa mais o acento nos ditongos abertos ei e oi nas palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Como era
|
Como fica
|
alcalóide
|
alcaloide
|
alcatéia
|
alcateia
|
andróide
|
androide
|
apóia (verbo apoiar)
|
apoia
|
apóio (verbo apoiar)
|
apoio
|
asteróide
|
asteroide
|
bóia
|
boia
|
celulóide
|
celuloide
|
clarabóia
|
claraboia
|
colméia
|
colmeia
|
Coréia
|
Coreia
|
debilóide
|
debiloide
|
epopéia
|
epopeia
|
estóico
|
estoico
|
estréia
|
estreia
|
estréio (verbo estrear)
|
estreio
|
geléia
|
geleia
|
heróico
|
heroico
|
idéia
|
ideia
|
jibóia
|
jiboia
|
jóia
|
joia
|
odisséia
|
odisseia
|
paranóia
|
paranoia
|
paranóico
|
paranoico
|
platéia
|
plateia
|
tramóia
|
tramoia
|
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a serem acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: pastéis, herói, heróis, troféu, troféus.
→ Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como era
|
Como fica
|
baiúca
|
Baiuca
|
bocaiúva
|
bocaiuva
|
cauíla
|
Cauila
|
feiúra
|
Feiura
|
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplo: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
→ Não se usa mais o acento nas palavras terminadas em êem e ôo (s).
Como era
|
Como fica
|
abençôo
|
abençoo
|
creem (verbo crer)
|
creem
|
dêem (verbo dar)
|
deem
|
dôo (verbo doar)
|
doo
|
enjôo
|
enjoo
|
lêem (verbo ler)
|
leem
|
magôo (verbo magoar)
|
magoo
|
perdôo (verbo perdoar)
|
perdoo
|
povôo (verbo povoar)
|
povoo
|
vêem (verbo ver)
|
veem
|
vôo (verbo voar)
|
voo
|
zôo
|
zoo
|
→ Não se usa mais o acento que diferencia as palavras:
pára (verbo parar) – para
péla (s) – pela (s)
pêlo (s) – pelo (s)
pólo (s) – polo (s)
pêra – pera
Atenção: permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
→ Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
→ Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
→ É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos o uso do acento deixa a frase mais clara.
→ Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
→ Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.
Veja:
a) Se forem pronunciadas com a oi i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
Exemplos:
- verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam, enxágue, enxágues, enxáguem.
- verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem, delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.
Exemplos: (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
- verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam, enxague, enxagues, enxaguem.
- verbo delinquir: delinqua, delinques, delinque, delinquem, delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais correta é a primeira, aquela com a e i tônicos.
Fonte: Michaelis – Guia Prático da Reforma Ortográfica
Douglas Tufano
Editora Melhoramento
Hífen
Uso do hífen
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como:
aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
→ Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
- Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
→ Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento:
aeroespacial coedição
agroindustrial extraescolar
anteontem infraestrutura
antieducativo plurianual
autoaprendizagem semiaberto
autoescola semianalfabeto
autoestrada semiesférico
coautor semiopaco
autoinstrução
- Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
→ Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s:
anteprojeto microcomputador
antipedagógico pseudoprofessor
autopeça semicírculo
autoproteção semideus
coprodução seminovo
geopolítica ultramoderno
- Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.
Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
→ Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se as letras:
antirrábico infrassom
antirracismo microssistema
antirreligioso minissaia
antirrugas multissecular
antissocial neorrealismo
biorritmo neossimbolista
contrarregra ultrarresistente
contrassenso semirreta
cosseno ultrassom
→ Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal:
anti-ibérico contra-atacar
anti-imperialista contra-ataque
anti-inflacionário micro-ondas
anti-inflamatório micro-ônibus
auto-observação semi-internato
contra-almirante semi-interno
→ Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante:
hiper-requintado super-racista
inter-racial super-reacionário
inter-regional super-resistente
sub-bibliotecário super-romântico
- Atenção: Nos demais caso não se usa o hífen: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
→ Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
→ Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
→ Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal:
hiperacidez superamigo
hiperativo superaquecimento
interescolar supereconômico
interestadual superexigente
interestudantil superinteressante
superotimismo
→ Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:
além-mar pró-europeu
além-túmulo recém-casado
aquém-mar recém-nascido
ex-aluno sem-terra
ex-diretor ex-hospedeiro
pós-graduação ex-prefeito
pré-história ex-presidente
pré-vestibular
→ Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim:
amoré-guaçu
anajá-mirim
capim-açu
→ Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares:
ponte Rio-Niterói
eixo Rio-São Paulo
→ Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé
→ Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-
-alunos.
Fonte: Michaelis – Guia Prático da Reforma Ortográfica
Douglas Tufano
Editora Melhoramento
O acordo entrou em vigor em janeiro de 2009, mas a norma atual e a prevista poderão ser usadas e aceitas oficialmente até dezembro de 2012.
A reforma ortográfica foi aprovada em dezembro de 1990 por representantes de sete países que falam Português – Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Em 2004, o Timor-Leste aderiu ao projeto dois anos após obter sua independência da Indonésia.
Para entrar em vigor, o acordo precisava da ratificação de no mínimo três países, o que foi conseguido em 2006 com Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, enquanto o Parlamento de Portugal aprovou em maio de 2009.
Segundo o Ministério da Educação, o acordo ampliará a cooperação internacional entre os oito países ao estabelecer uma grafia oficial única do idioma. A medida também deve facilitar o processo de intercâmbio cultural e científico entre as nações e a divulgação mais abrangente da língua e da literatura.
Mudanças
A reforma ortográfica estabelece 21 bases de mudanças na Língua Portuguesa. Entre as novas regras estão o retorno das letras K, W e Y ao alfabeto e a supressão definitiva do trema e dos acentos agudos de palavras paroxítonas cujas sílabas tônicas sejam éi e ói (como jibóia, Coréia, jóia, que viram jiboia, Coreia e joia).
O acento diferencial de palavras como pólo e pára (que viram polo e para) e as regras de hifenização (anti-semita vira antissemita) também sofrerão mudanças – mas, como toda regra ortográfica, sempre acompanhada de exceções.
Assinar:
Postagens (Atom)